NOVO IMPLANTE DE COLUNA IRÁ AJUDAR PESSOAS COM PARAPLEGIA

O novo implante de coluna vai ajudar pessoas com paraplegia a exercitar os membros paralisados sem o uso de eletrodos externos.

  

Engenheiros da University College of London (UCL), Inglaterra, desenvolveram um novo tipo de implante de microchip estimulador muscular que permite às pessoas com paraplegia exercitar os músculos das pernas paralisadas.

É a primeira vez que os pesquisadores desenvolvem um dispositivo pequeno o suficiente para ser implantado no canal espinal e incorporar os eletrodos e estimulador muscular numa unidade. O implante é do tamanho de uma "unha de criança".

O projeto do Conselho de Pesquisa em Engenharia e Ciências Físicas (EPSRC) é liderado pelo professor Andreas Demosthenous, do UCL, e inclui engenheiros da Universidade de Freiburg e do Instituto Tyndall em Cork.

"O trabalho tem o potencial de estimular mais grupos musculares do que é, atualmente, possível com as tecnologias existentes, pois alguns desses dispositivos podem ser implantados no canal espinhal", disse o professor Demosthenous. "A estimulação dos grupos musculares significa que os usuários podem executar movimento suficiente para realizar exercícios controlados, tais como ciclismo ou remo".

Os aparelhos poderiam também ser utilizados para uma ampla gama de funções de reparação, como estimular os músculos da bexiga para ajudar a superar a incontinência e estimular os nervos para melhorar a capacidade do intestino e eliminar espasmos.

Segundo o Ministro da Ciência inglês, David Willetts, "os cientistas e engenheiros estão a transformar as pesquisas em inovações, que trazem benefícios reais para a sociedade. O implante minúsculo tem o potencial para fazer uma diferença real na  vida e na saúde tornando mais longa a vida das pessoas com paraplegia no Reino Unido e em todo o mundo".

Estimulação elétrica

Há algum tempo, especialistas já usam a estimulação elétrica dos músculos nos pacientes com paraplegia. No entanto, até agora, o equipamento era composto por eletrodos e um estimulador externos, o que fazia o processo ser demorado e incômodo para os pacientes, apesar dos benefícios á saúde.

Esta pesquisa mais recente é a primeira a combinar os eletrodos e o estimulador muscular numa unidade de forma a que os nervos possam ser estimulados, melhorando os resultados alcançados.